No dia 25 de maio foi celebrado o Dia Internacional da Tireoide, data que tem como objetivo alertar sobre a importância da conscientização relacionada ao funcionamento da tireoide, as doenças que mais acometem a glândula e seus sinais de alerta.
“A tireoide é uma glândula que tem forma de borboleta, com dois lobos, e está localizada na parte anterior do pescoço, abaixo do Pomo de Adão (popular gogó)”, informa a cirurgiã de cabeça e pescoço Dra. Sandra Daud, diretora técnica do Hospital Unimed.
Responsável por produzir os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), a tireoide regula a função de órgãos vitais como coração, cérebro, fígado e rins. “Esses hormônios garantem o equilíbrio do organismo, pois interferem também no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, na memória, na concentração, nos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, no humor e no controle emocional”, diz a médica.
Ela explica que quando a tireoide não funciona de forma adequada, pode produzir hormônios em excesso (hipertireoidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo). “Os problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, tanto em homens quanto em mulheres.”
Diagnóstico
O diagnóstico, segundo a médica, pode ser feito pela dosagem do hormônio TSH (produzido pela hipófise) e dos hormônios T3 e T4. O hipotireoidismo é caracterizado por níveis elevados de TSH e baixos dos hormônios da tireoide (T3 e T4). Já o TSH baixo e a alta dosagem de hormônios da tireoide caracterizam o hipertireoidismo.
Hipertireoidismo
No caso do hipertireoidismo, o corpo começa a funcionar rápido demais. Os sintomas, segundo Dra. Sandra, são: aumento da frequência cardíaca, taquicardia, intolerância ao calor, nervosismo e irritação, sudorese abundante, insônia; tremores, olhos saltados, comprometimento da capacidade de tomar decisões equilibradas, perda de peso resultante da queima de músculos e proteínas.
De acordo com a médica, o tratamento vai depender das características e causas da doença, mas pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia.
Hipotireoidismo
Já no hipotireoidismo, a médica explica que o organismo começa a funcionar mais lentamente: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. “Outros sintomas são: cansaço excessivo, dores musculares e articulares, redução da capacidade de memória, sonolência, pele seca, ganho de peso, aumento nos níveis de colesterol no sangue e depressão.”
O tratamento do hipotireoidismo inclui reposição do hormônio levotiroxina que, segundo Dra. Sandra, traz bons resultados. “Mas como dificilmente a doença regride, a medicação deve ser tomada por toda a vida.”
Bócio
O bócio (conhecido como papo) é o aumento do volume da tireoide, que pode ocorrer tanto no hipo quanto no hipertireoidismo. “Esse crescimento pode tornar a glândula visível na frente do pescoço, perceptível com exame clínico. Também pode aparecer sob a forma de um ou mais nódulos (bócio nodular), que às vezes não são visíveis exteriormente”, explica Dra. Sandra.
Segundo ela, o bócio pode ser causado pela carência de iodo na dieta, por hipo ou hipertireoidismo, tumores ou infecções.
Outros transtornos
A médica explica que outros transtornos também podem afetar a tireoide, como o hipotireoidismo congênito, as tireoidites, o câncer de tireoide e a doença de Graves.
Prevenção
Dra. Sandra cita algumas das principais formas de prevenção de doenças da tireoide:
- Manter uma alimentação equilibrada.
- Evitar substituir o uso do sal de cozinha iodado por outro tipo que não contenha iodo.
- Fazer atividade física regularmente.
- Fazer exames periódicos caso tenha história na família de doenças relacionadas à tireoide ou caso note um abaulamento no pescoço.
Por: Giselle Torres Biaco/Assessoria de Imprensa Unimed