São José do Rio Pardo, São João da Boa Vista, Mococa, Espírito Santo do Pinhal, Vargem Grande do Sul, Casa Branca e Aguaí geraram, juntas, 2.038 empregos formais em maio. O número, que supera os quatro primeiros meses do ano, foi puxado pelo setor do agronegócio. Para o vice- diretor do CIESP São João, os dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) só reforçam a sazonalidade da região.
“O agro é muito forte nas cidades da nossa região e isso reflete diretamente na geração de empregos, tanto que o setor foi responsável por elevar os números em cinco das sete cidades. Contudo, essa sazonalidade também revela uma instabilidade. Isso porque, se olharmos para a criação de postos de trabalho nos dois últimos anos, veremos que a tendência no segundo semestre é de demissões”, analisa Adriano Fontão Alvarez.
O saldo de maio considera 5.700 admissões contra 3.140 desligamentos nos sete municípios. Foi o melhor mês do ano na região, que só registrou dados parecidos em julho de 2023, com saldo de 2.100 contratações, e julho de 2022, com saldo de 2.700 empregos.
“Num resumo mais global, podemos perceber que por mais que o Brasil tenha suas dificuldades, as contratações demonstram que os mercados onde as empresas brasileiras estão inseridas, reconhecem a competitividade da nossa região. Por isso, quando o agro está numa época produtiva, o escoamento da produção é grande e amplia as contratações, “destaca.
Segundo Alvarez, a instabilidade gerada pela sazonalidade não deve ser um motivo de extrema preocupação. “Sabemos que ao olhar para o contexto, as demissões preocupam, mas o Brasil ainda tem uma economia estruturada; o que precisamos agora é de um apoio do Governo Federal para não atrapalhar o bom trabalho que as gestões municipais e estaduais vêm fazendo”, finaliza.
Cidades
Pela quarta vez no ano, São José do Rio Pardo liderou o ranking da geração de empregos na região, elevando exponencialmente o número de contratações. O saldo foi a abertura de 1.076 postos de trabalho só em maio. O resultado veio do agronegócio, que contratou 1.060 profissionais com carteira assinada; o setor também puxou as contratações de fevereiro a abril. Janeiro ficou a cargo da indústria, que gerou na cidade 235 empregos.
Em seguida, veio São João da Boa Vista, que recuperou o fôlego e abriu 363 vagas em maio. A cidade deu um salto em relação aos dois meses anteriores, quando registrou a abertura de 56 postos de trabalho e o fechamento de 275, respectivamente em abril e março. A agropecuária também foi o setor responsável pela alta de maio.
Mococa não ficou distante e gerou 344 empregos em maio, sobretudo no agro. Este é o terceiro mês que o município tem saldo positivo na geração de empregos, após iniciar o ano com dois meses consecutivos registrando mais demissões do que contratações.
Na sequência veio Espírito Santo do Pinhal, onde o saldo foi de 95 empregos em maio. O agronegócio também roubou a cena neste mês e foi o responsável pelo número. Até então, os setores de serviço e industrial estavam puxando os números de contrações e/ou demissões na cidade.
Em Aguaí a indústria despontou puxando os números para cima. A cidade contratou mais do que demitiu e o saldo foi 80 postos de trabalho. Em Casa Branca, o agro também foi o responsável pelo saldo positivo, com a geração de 54 empregos em maio.
Por fim, Vargem Grande do Sul abriu 26 postos de trabalho, com saldo puxado pelo setor de serviços. A cidade, que vinha sendo ‘liderada’ pelo agronegócio nos últimos dois meses, tem registrado saldo positivo desde o início do ano.
Maio foi o primeiro mês do ano em que todas as cidades consideradas neste balanço tiveram saldo positivo. Os dados do Caged são coletados junto às empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, isto é, não incluem os trabalhos informais.
Por Suzana Amyuni/Assessoria de Imprensa CIESP São João da Boa Vista