Policiais da Polícia Federal e da Polícia Civil do Estado de São Paulo, cumpriram centenas de mandados de busca e apreensão contra tráfico e exploração sexual de crianças na manhã desta quarta-feira (25) em seis cidades da região de São Carlos (SP).
Ao todo, a operação, denominada “Black Dolphin”, mobilizou mais de mil policiais e cumpriu mandados de busca e apreensão em 85 cidades nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Na região, foram a operação atingiu seis cidades:
- Casa Branca: O delegado seccional Wanderley Fernandes Martins Junior informou que foi cumprido um mandado de busca e apreensão domiciliar, mas que o proprietário do imóvel, um homem de 76 anos, não estava no local. Na casa dele, os policiais apreenderam dois notebooks, uma garrucha 320 e R$ 5 mil dólares.
- Descalvado: Foi cumprido um mandado de busca e apreensão, mas não há informações sobre o local ou o suspeito.
- São Carlos: Segundo o delegado Maurício Dotta, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em duas residências. Material de fotos e vídeos envolvendo crianças foram apreendidos pelos policiais. Um homem de 37 anos, morador do Parque Delta, foi preso em flagrante após agentes encontrarem materiais de nudez infantil em sua residência. Ele está sob custódia até realização de audiência.
- Lavras (MG): Um suspeito de integrar uma organização criminosa de pornografia e exploração sexual de crianças foi detido em Lavras (MG). O homem de 34 anos foi levado à delegacia após os policiais encontrarem materiais pornográficos durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão. O suspeito pagou fiança e responderá em liberdade.
Também foram cumpridos mandados de busca em Brotas, Pirassununga e Rio Claro. O número de mandados de busca e apreensão nessas cidades ainda não foi divulgado.
Operação
O principal alvo da rede de produção e venda de pornografia infantil foi preso em flagrante em São José do Rio Preto na manhã desta quarta. Outras 23 pessoas foram presas nos quatro estados.
Segundo a polícia, a ação, denominada “Black Dolphin”, começou em 2018, quando os policiais descobriram um homem que pretendia vender a sobrinha para criminosos na Rússia.
Ainda de acordo com as investigações, o plano dele era levar a criança para a Disney da Europa e entregá-la aos criminosos na Rússia, alegando que ela teria desaparecido no parque.
A partir desse suspeito, os policiais começaram a monitorar a deep web, e descobriram uma rede de criminosos sexuais, principalmente infanto-juvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual.
“Black Dolphin” é o nome de uma prisão russa, considerada uma das mais temidas do mundo. Segundo a investigação, um dos chefes da organização dizia que as leis brasileiras são “ridículas” e no Brasil não haveria prisão para segurá-los, e apenas a “Black Dolphin” poderia detê-los.
Fonte: G1 São Carlos