O casal acusado pela morte da menina Ana Lívia Lopes da Silva foi condenado pelo júri popular que terminou na madrugada desta sexta-feira (5) em Poços de Caldas (MG). O julgamento teve início por volta de 7h30 desta quinta-feira (4) no centro de eventos Cenacon. A menina de 3 anos morreu após ser agredida por ter feito xixi na cama.
O padrasto da criança, Christhopher Anthony Tavares Coelho, 27 anos, foi condenado a 32 anos, um mês e 20 dias de prisão no regime inicialmente fechado. Já a mãe de Ana Lívia foi condenada a 29 anos, dois meses e 23 dias de prisão no regime inicialmente fechado.
Segundo a promotora Luz Maria Romanelli de Castro, o casal foi acusado de homicídio quadruplamente qualificado. As qualificadores são: tortura e meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, feminicídio e motivo fútil. Além de tortura.
Os réus foram representados pela Defensoria Pública e por advogados contratados. O defensor público respondeu em nome do padrasto e um grupo de advogados foi responsável pela defesa da mãe da criança.
O caso
A morte aconteceu no dia 15 de junho de 2018, na Santa Casa de Poços de Caldas. O padrasto da menina tem 27 anos e teria confessado as agressões. Segundo a polícia, a mãe, de 19 anos, também foi levada à delegacia acusada de omissão.
Ainda conforme a Polícia Militar, as agressões começaram no dia 14, quando a menina teria urinado na roupa e na cama. A criança foi colocada de castigo e novamente agredida quando saiu do local. Ela teve sangramento no nariz.
Durante a noite, a menina teria sido vítima de agressão mais uma vez. Ao longo do dia, a criança apresentou sinais de convulsão e só então foi levada ao Hospital Margarita Moralles pela tia e avó, que são vizinhas do casal.
A menina estava desacordada, com dificuldade para respirar, inchaço e sinais de agressão pelo corpo. Em seguida, por conta da gravidade dos ferimentos, foi transferida para a Santa Casa da cidade, onde faleceu.
O padrasto foi preso em casa. O casal preso foi transferido para o presídio de Piumhi, no Centro-Oeste de Minas Gerais, no dia 20 de julho de 2018.
A creche onde Ana Lívia estudava já havia denunciado os pais da criança ao Conselho Tutelar por maus-tratos no dia 22 de maio de 2018.
Fonte: G1 Sul de Minas