Três indivíduos acabaram presos durante a operação conjunta entre as Polícias Civil e Militar, com apoio do Canil da Guarda Civil Municipal de Vargem Grande do Sul, encerrada somente no início da noite desta quarta-feira (09), em São José do Rio Pardo (SP).
Na oportunidade, foram cumpridos três mandados de buscas domiciliares e apreensões, expedido pela 2ª Vara da Comarca Judicial da cidade, decorrentes de investigações sobre o tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico praticados por membros de organização criminosa atuante no município e outros Estados da Federação.
Na Operação denominada “Polaina”, foram empreendidas diligências em três endereços, sendo dois pertencentes a um rapaz de 29 anos (principal alvo da operação), e outro a um indivíduo de 36 anos, o qual trabalha como fisioterapeuta. As diligências se iniciaram simultaneamente às 06 horas, dirigidas a três alvos, dois (um rural e um urbano) pertencentes a ao rapaz de 29 anos e um pertencente ao fisioterapeuta.
Na residência do rapaz de 29 anos, foram apreendidos um celular, R$270,00 em moeda corrente do país e uma caixa de giz, produto comumente utilizado para ser misturado (“batizar”) cocaína. No sítio de sua propriedade, foram apreendidos dentro de um saco plástico grande, escondido sob uma pedra próximo à piscina, um total de 684,39 gramas de maconha, 824,62 gramas de cocaína e 101,48 gramas de crack.
As drogas estavam embaladas na forma de “tijolos”, porções menores prontas para venda e em sacos maiores, com conteúdos prontos para embalos a ser destinados ao varejo. Num cômodo ao lado da piscina foi apreendida uma arma de pressão e munição tipo “chumbinho” do mesmo calibre. A propriedade rural era monitorada por câmera de segurança de transmissão remota.
Na residência do fisioterapeuta, apreendidos uma porção de maconha (1,14 gramas) e um telefone celular. As ordens judiciais foram lidas para a ciência dos investigados na presença de seus familiares.
Ante todo material apreendido, foi dada voz de prisão em flagrante delito aos indivíduos pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico de drogas, tendo sido eles conduzidos à Delegacia de Polícia para adoção das medidas legais cabíveis.
Após a oitiva das partes e diante dos requisitos probatórios e temporais, a Autoridade Policial decretou a prisão em flagrante e promoveu o indiciamento das partes pelos crimes previstos nos artigos 33 e 35 da Lei de Drogas.
As famílias dos indiciados tiveram ciência de todo ocorrido e inclusive compareceram perante esta Delegacia de Polícia. O conduzido Bruno constituiu de um advogado, o qual compareceu perante este plantão policial e teve oportunidade de realizar entrevista com o conduzido, porém não acompanhou o procedimento policial até o final.
Os indiciados foram submetidos a exame médico, não apresentando queixas relativas à captura. Após a formalização do flagrante, foram recolhidos à Cadeia Pública de Casa Branca, permanecendo à disposição da justiça.
A motocicleta foi apreendida por ser considerada instrumento da traficância. Os entorpecentes foram apreendidos, sendo requisitado exame pericial.
Acontece que, durante os trabalhos de polícia judiciária, tendo em vista que o conduzido o rapaz de 29 anos negava ser dono da propriedade do sítio onde foram localizadas as drogas, por determinação da Autoridade Policial, os Investigadores Marco Antônio e Franchi retornaram ao local (sítio) para verificar se alguém estava no local e então ser ouvido a respeito da propriedade do imóvel rural, bem como para levantar números do hidrômetro e medidor de energia para verificar quem era o titular da conta, ou obter outros elementos que apontassem a propriedade do imóvel.
Quando os policiais civis estavam defronte ao sítio, avistaram um veículo VW GOL sendo conduzido em zigue-zague, de forma desordenada, sendo que do tal veículo, após parar na frente do imóvel rural, desembarcou um indivíduo de 48 anos (pedreiro), o qual se mostrou bastante nervoso com a presença policial.
Questionado sobre quem era o proprietário do sítio e a pessoa para quem trabalhava, o pedreiro dirigiu-se aos referidos Investigadores de forma agressiva, questionando-os o motivo pelo qual “não prendiam patrão” e que estava no local somente para trabalhar, proferindo palavras de baixo calão tipo vai tomar no cu, vai se foder, seu polícia de merda, negando-se ainda a informar para quem trabalhava, sem motivo algum.
Neste instante, o pedreiro repentinamente partiu para cima dos policiais com a intenção de agredi-los fisicamente, sendo necessário uso de força física e algemas para contê-lo, razão pela qual foi dada também voz de prisão ao pedreiro por desacato e resistência, sendo o mesmo também conduzido para a Delegacia de Polícia.
Em revista pessoal, os policiais localizaram em poder do pedreiro um aparelho celular marca Samsung, e, em vistoria ao veículo Gol, foi localizado um molho de chaves, sendo que havia uma cópia da chave da residência do rapaz de 29 anos, e mesmo assim, o pedreiro se negava em dizer para quem trabalhava e seu comportamento agressivo sem razão alguma.
Desse modo, o delegado Dr. Renato Coletes deliberou pela apreensão do molho de chaves, bem como do aparelho celular do pedreiro para futuras investigações.
Apreensões: um tijolo de maconha (0,445 kg), sete porções de maconha (totalizando 0,294 kg), duas porções de cocaína (0,825 kg), uma porção de crack (0,101 kg), além de uma balança digital, um aparelho celular, R$ 270,00 em dinheiro, uma caixa de giz escolar, uma espingarda de pressão calibre 6,5 mm e uma motocicleta.
Fotos: Polícias Civil e Militar