O incêndio no Edifício Joelma foi uma tragédia ocorrida em 1º de fevereiro de 1974 no Edifício Praça da Bandeira (antigo Joelma), na região central de São Paulo, Brasil, que provocou a morte de 187 pessoas e deixou mais de 300 feridos.
O incêndio aconteceu menos de dois anos após o incêndio no Edifício Andraus. A tragédia do Joelma continua a ser o segundo pior incêndio em arranha-céu por número de vítimas fatais, atrás somente do colapso das Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova York em 11 de setembro de 2001.
O incêndio foi outro marco na nossa história (o edifício Andraus iniciou essa revolução). Primeiramente trouxe um legado na questão legal da segurança contra incêndio, propondo medidas mais restritivas para conter sinistros e prover saídas de emergências mais seguras aos usuários.
O início do incêndio no edifício Joelma começou no 12º andar por volta das 08h45, devido a um curto-circuito no ar condicionado seguido de uma explosão que iniciou a tragédia. Em pouco mais de 5 minutos as chamas chegariam ao 25º andar.
O Corpo de Bombeiros recebeu a primeira chamada às 9h03 da manhã. Dois minutos depois, viaturas partiram de quartéis próximos, mas devido a condições adversas no trânsito só chegaram no local às 9h10, quando as chamas já atingiam o 20º andar e várias pessoas começaram a se atirar do prédio.
O socorro mobilizou 1 500 homens, entre bombeiros e tropas de segurança, as equipes de cinco hospitais estaduais e outros particulares, quatorze helicópteros, trinta e nove viaturas e todas as ambulâncias da rede hospitalar. Todos os carros-pipa da Prefeitura e vários particulares, além de um grande número de voluntários que antecederam os pedidos das autoridades para doação de sangue. A fim de garantir o livre acesso de ambulâncias e de veículos dos bombeiros ao prédio incendiado, convocaram-se tropas de choque do Regimento 9 de Julho, do Exército e da Polícia Militar, além da Companhia de Operações Especiais e do Departamento do Sistema Viário. Um esquema de emergência foi armado nas imediações do prédio, onde se concentraram milhares de curiosos.
Essa tragédia também trouxe mais investimentos em equipamentos e viaturas para o Corpo de Bombeiros.
Hoje, incêndios catastróficos são raros, especialmente pelos sistemas de proteção e combate contra incêndios propostos pelo Corpo de Bombeiros e exigidos por lei, através de decretos e instruções técnicas, que estão em constante atualização.
Nosso respeito e solidariedade a todas às vítimas e nosso agradecimento a todos os bombeiros que participaram da ocorrência na época!
Fonte: Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo