A Justiça de Aguaí (SP) condenou, em 2ª instância, Walmir Vaz Martins, de 53 anos, conhecido como Juliano, pelo feminicídio de Alessandra dos Santos Diogens, em 2017. A jovem de 21 anos foi assassinada após Martins saber que ela estava grávida.
Martins, que está preso desde 2017, foi condenado a 19 anos e seis meses de reclusão pelos crimes de feminicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima, meio cruel e em razão do sexo feminino), ocultação de cadáver e fraude processual.
A reportagem entrou em contato com o advogado responsável pelo caso, mas não obteve retorno até esta publicação.
O julgamento ocorreu em 15 de outubro. Segundo a denúncia Martins usou o pretexto de uma viagem para atrair Alessandra, com quem tinha um relacionamento, até um canavial, onde a atacou com golpes na cabeça usando um objeto contundente. Depois ele escondeu o cadáver em meio à vegetação do local.
O crime
Os pais de Alessandra registraram um boletim de ocorrência pelo seu desaparecimento em 27 de janeiro de 2017. O corpo dela foi encontrado em um canavial com marcas de violência em 3 de fevereiro. Martins preso em maio do mesmo ano.
Um mês depois, a Polícia Civil divulgou o resultado do exame das marcas de sangue encontradas no carro de Martins, que constatou que o DNA do material era da vítima e ele foi preso em maio.
Segundo a polícia, o suspeito conhecia a vítima, ambos trabalharam juntos na campanha das eleições municipais de 2016.
Em entrevista na época do crime, o pai da vítima, o agricultor Adélcio Ferreira, disse que o autor do crime causou um grande dano a todos.
“Ela era a princesinha da família e ele destruiu a nossa vida, como a da família dele também. Espero que ele pegue a condenação máxima e sei que vai acontecer porque confio em Deus e nas autoridades”, disse na ocasião.
Fonte: G1 São Carlos