O governo de São Paulo divulgou nesta segunda-feira (7) que a vacinação da CoronaVac, vacina contra o coronavírus, começará a ser feita a partir do dia 25 de janeiro de 2021 em profissionais de saúde, indígenas e quilombolas de todo o estado.
Produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a vacina ainda está na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para que a vacina comece a ser distribuída é necessário que o Instituto Butantan envie um relatório à Agência e que o órgão aprove o uso do imunizante.
De acordo com o Butantan, a previsão é a de que as informações sejam enviadas ainda neste mês de dezembro e que a Anvisa decida se a CoronaVac cumpre, ou não, todos os requisitos para aplicação até a primeira semana de janeiro.
A epidemiologista Natalia Pasternak destaca que o plano de imunização do governo estadual só será possível se a vacina se comprovar eficaz.
Segundo o anúncio, cada indivíduo receberá duas doses. O cronograma foi dividido em cinco fases e inclui a população com 60 anos ou mais. Idosos com mais de 75 anos também fazem parte do grupo prioritário, e serão o segundo grupo a receber a vacina.
A primeira dose, para essa população, está prevista para ocorrer a partir do dia 8 de fevereiro.
Resposta imune e segurança
Um estudo feito com 743 pacientes apontou que a CoronaVac mostrou segurança e resposta imune satisfatória durante as fases 1 e 2 de testes.
A fase 2 dos testes de uma vacina verifica a segurança e a capacidade de gerar uma resposta do sistema de defesa. Normalmente, ela é feita com centenas de voluntários. Já a fase 1 é feita em dezenas de pessoas, e a 3, em milhares. É na fase 3, a atual, que é medida a eficácia da vacina.
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O governo de São Paulo já recebeu 120 mil doses prontas da vacina, além da carga de insumos que pode virar até 1 milhão de doses.
Os insumos são os “ingredientes” necessários para a finalização da vacina no país. Caberá ao Butantan concluir a etapa final de fabricação.
Ao todo, pelo acordo fechado, o Butantan receberá do laboratório chinês 6 milhões de doses prontas para o uso e vai formular e envasar outras 40 milhões de doses.
Fonte: G1