Em ações de combate a fraudes e furtos entre janeiro e outubro deste ano, a CPFL Santa Cruz recuperou cerca de 666 Megawatts (MWh) desviados ilegalmente em várias cidades da região. O volume de energia é equivalente ao consumo anual de, aproximadamente, 330 residências.
No total, foram regularizadas nesse período 356 instalações na região. A cidade com o maior número de casos no período foi Mococa, com 88 unidades. Em segundo lugar está São José do Rio Pardo, com 77, e, em terceiro, Casa Branca, com 76 regularizações.
A concessionária realiza as operações de forma permanente, com uso de tecnologia e apoio das autoridades policiais, para coibir as ligações clandestinas (os populares “gatos”), os desvios e as manipulações de medidores – atos previstos como crime no Código Penal, com pena de um a quatro anos de detenção.
As ações conjuntas com as polícias Civil e Militar têm sido intensificadas e, com elas, as conduções dos identificados como suspeitos pelos crimes às delegacias. A CPFL também registra boletim de ocorrência contra o cliente apontado como responsável pelo furto de energia, que passa então a ser investigado e ter um histórico criminal.
“Além disso, a empresa tem aumentado a judicialização dos processos de fraude, cobrando que o cliente pague o retroativo da dívida pelo período em que furtou energia. Isso gera uma marca negativa em seu histórico financeiro”, alerta Gustavo Uemura, diretor comercial da CPFL Energia.
Prejuízos à população
Vale destacar que essas práticas ilegais prejudicam a população: além de comprometer a integridade do sistema elétrico, podendo ocasionar instabilidades e interrupções, geram risco à segurança, pois a manipulação indevida das instalações ou a ligação direta na rede de distribuição podem causar acidentes graves, até mesmo fatais.
Além disso, as fraudes e furtos podem encarecer a conta de energia para todos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) distribui parte dos prejuízos causados pelas “perdas comerciais”, como são denominadas, para a tarifa da distribuidora detentora da concessão da área, no momento das revisões tarifárias.
Tecnologia
Segundo o diretor comercial da CPFL Energia, o volume expressivo de energia recuperada é resultado de inspeções mais assertivas, impulsionadas pela aplicação de inteligência artificial, que permite o acompanhamento e a detecção remota de irregularidades. “A tecnologia possibilita a redução da reincidência e a diminuição do número de inspeções necessárias”, explica.
Uemura cita a blindagem de medições, inclusive nos grandes clientes, como indústrias e comércios, como outra ferramenta importante no combate às fraudes. “Os medidores blindados são acessíveis apenas aos técnicos da empresa e proporcionam acompanhamento do consumo em tempo real, permitindo que a leitura e faturamento sejam realizados à distância. Só em 2024, até outubro, blindamos cerca de 39 mil estabelecimentos das quatro distribuidoras da CPFL Energia”, conta o diretor.
Balanço da área de concessão
Entre janeiro e outubro de 2024, a CPFL Santa Cruz detectou mais de 1.815 mil irregularidades nos municípios de sua área de concessão. Ao todo, foram 3.333 MWh recuperados, o suficiente para abastecer 1,5 mil casas durante um ano.
“O resultado das operações contra esses crimes ressalta o compromisso da CPFL em garantir um fornecimento justo e confiável para toda a sociedade”, conclui Uemura.
Denúncias
A CPFL Santa Cruz incentiva a colaboração da população para o combate às irregularidades por meio de denúncia anônima pelo app “CPFL Energia” ou o site www.cpfl.com.br/fraude
Confira os números de irregularidades da região de Mococa:
CIDADE
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2024 (até outubro)
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MOCOCA
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88
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SÃO JOSE DO RIO PARDO
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77
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CASA BRANCA
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76
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CACONDE
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28
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DIVINOLÂNDIA
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25
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ITOBI
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14
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MONTE SANTO DE MINAS
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11
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ARCEBURGO
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11
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SAO SEBASTIAO DA GRAMA
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9
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TAPIRATIBA
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9
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ITAMOGI
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8
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356
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