Agricultores participam de uma manifestação na manhã desta quinta-feira (7) contra o aumento na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Em São José do Rio Pardo, cidade conhecida como a terra da cebola, cerca de 60 tratores e mais de 120 pessoas também protestaram.
Em Araraquara (SP), ao menos 23 tratores e diversos veículos se reuniram no protesto pacífico na Via Expressa.
Em São Carlos, agricultores se reuniram na manhã para o tratoraço. Os tratores e caminhões passaram pela Avenida Getúlio Vargas, contornando a Praça Itália, com bandeiras do Brasil e banners nos veículos.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 100 pessoas e 40 veículos participaram do protesto que seguiu pacífico e sem ocorrências.
Em Dourado, mais de 20 tratores deixaram a zona rural e ganharam as ruas.
Já em Vargem Grande do Sul a concentração foi no complexo frigorifico. Mais de 70 veículos entre tratores e caminhões percorreram o centro da cidade que tem como principal foco de economia o cultivo de batatas.
Em Rio Claro, foram 60 tratores que saíram da rodoviária e percorreram várias ruas da cidade. 19 tratores também percorreram o Centro de Leme.
Contra o fim da isenção
Produtores rurais e representantes de sindicatos de várias cidades são contra o fim da isenção de ICMS sobre insumos como fertilizantes, adubos, sementes, defensivos agrícolas. Os decretos estaduais foram aprovados numa tentativa de equilibrar as contas por causa da pandemia.
Mas na noite de quarta-feira (6), o governo de São Paulo determinou na quarta a suspensão da nova alíquota do ICMS para alimentos e medicamentos genéricos, que passaria a valer a partir do dia 15 de janeiro.
Em nota, o governo estadual informou que a suspensão foi feita por causa da prolongamento da pandemia do coronavírus no estado e para não gerar prejuízos à população e aos segmentos econômicos impactados com a medida.
“Na nossa gestão, nada será feito em prejuízo das classes menos favorecidas. A eles devemos servir e atender suas necessidades, com serenidade e humildade”, completa o texto.
Pelas mudanças nas alíquotas do imposto, o governo passaria a cobrar esse mês 4,14% de ICMS sobre os insumos agrícolas, como fertilizantes, adubos, sementes e defensivos agrícolas.
Os agricultores alegam que isso aumenta os custos de produção e também os preços dos alimentos e combustíveis para a população.
A energia elétrica, que antes era isenta do imposto para essa classe, também seria taxada, afetando a produção de hortaliças, frangos, suínos, leite.
Fonte: G1 São Carlos