Nesta terça-feira, dia 17, o prefeito eleito de São José do Rio Pardo, Márcio Callegari Zanetti, e a vice-prefeita eleita, Algemira Pinheiro de Souza, estiveram presentes na Câmara Municipal, durante sessão ordinária.
Convidado pelo presidente da Casa, vereador Luis Henrique Artioli Tobias, o prefeito eleito fez o seu primeiro pronunciamento público após as eleições municipais. Também foram convidados o coordenador pedagógico do Polo do Conservatório de Tatuí em São José do Rio Pardo, Juliano Marques Barreto, e o arquiteto Daniel Cobra Monteiro.
Durante seu pronunciamento, o prefeito eleito Márcio Zanetti falou sobre as perspectivas para os próximos quatro anos à frente da administração municipal, enfatizando a importância do diálogo “do primeiro ao último dia do mandato”.
Sobre a transição, disse que será realizada por uma comissão nomeada, em um período muito curto. “Temos pouco mais de 40 dias. Estive hoje ao lado da D. Algemira na Prefeitura e fomos muito bem atendidos pelo Dr. Ernani e pelo secretário de Gestão, Fernando Passos.”
Sobre a equipe que estará ao lado dele na administração, falou que ainda não adiantará nomes.
Orçamento municipal
Na próxima terça-feira, dia 24, a Câmara promoverá a audiência pública sobre o orçamento municipal do próximo ano. “Vou pedir licença a vocês para não opinar nesse momento sobre o orçamento, porque estaremos ao longo dos próximos dias buscando subsídios necessários para que possamos nos posicionar diante da atual Câmara, com relação ao que a Prefeitura está propondo. Temos consciência de que é preciso promover a melhor aplicação dos recursos disponíveis, isso é certo”, disse Márcio.
Polo de Tatuí
O prefeito eleito também falou sobre a situação do Polo do Conservatório de Tatuí em São José do Rio Pardo. “No início de novembro tomamos ciência de um edital que a Secretaria de Cultura do Estado publicou para substituir a organização social que faz a gestão do Conservatório de Tatuí. E esse edital prevê a possibilidade de fechamento do Polo local. Começamos uma ação política buscando a possibilidade de interrupção desse edital, mas tenho receio de que apenas essa movimentação seja insuficiente.”
Uma audiência na Secretaria da Cultura deverá ser realizada nos próximos dias. “Gostaria que a Câmara fizesse parte dessa ação”, pediu Márcio.
O arquiteto Daniel Cobra, que é admirador do trabalho do Polo, se mostrou preocupado com o prazo. “O edital foi publicado em 5 de novembro e é concorrência pública, então são 30 dias. Precisamos ganhar tempo para negociação política e algo que dê segurança jurídica ao Polo. Não é a primeira vez que isso acontece, há dois anos tivemos o mesmo problema. A gente precisa rever o contrato que o município tem com o Estado e tomar atitudes para fortalecer o Polo. Peço em nome dos alunos que façam o possível.”
Indignação
O coordenador pedagógico do Polo local, Juliano Marques Barreto, enfatizou a importância que a instituição tem para cerca de 200 crianças, jovens, adultos e idosos de São José do Rio Pardo e de outros 25 municípios. “Desde 2006 somos a única extensão do Conservatório; é uma forma de descentralizar as ações culturais musicais da cidade de São Paulo.”
Juliano se disse indignado com a maneira como tudo foi feito. “Tenho certeza de que a Prefeitura não foi consultada, os alunos também não. Peço a ajuda de vocês para tentar reverter essa situação.”
À disposição
O presidente da Câmara, Luis Henrique Artioli Tobias, colocou a Procuradoria Jurídica da Casa à disposição para, em conjunto com os procuradores da Prefeitura, tentar uma alternativa. “Esta Casa estará empenhada em produzir requerimentos para que possamos obter o maior número de respostas possíveis sobre esta intenção. Peço ao líder do prefeito, vereador Rubinho Pinheiro, que entre em contato com o Jurídico da Prefeitura para dizer que a Câmara está à disposição para dialogar sobre a matéria.