Cidade registrou mais de 30 incêndios nos últimos dois meses e meio, a suspeita é que a maioria sejam criminosos.
A cidade de São José do Rio Pardo, assim como muitos municípios da região, está sendo gravemente afetada por uma onda de queimadas que tem deixado o céu acinzentado nos últimos dias. Desde maio, foram registrados mais de 30 incêndios em diversas áreas, tanto urbanas quanto rurais, agravados pela intensa estiagem que atinge o estado.
Os incêndios têm se espalhado por diferentes pontos da cidade e, principalmente, pela zona rural, exigindo uma resposta rápida e coordenada das autoridades locais. O Corpo de Bombeiros, em conjunto com a Brigada Emergencial formada pela Defesa Civil e representantes das secretarias municipais como a de Agricultura, Zeladoria e Meio Ambiente, tem trabalhado incansavelmente para combater as chamas e minimizar os danos.
Entre os principais incidentes, estão os incêndios na Fazenda Santa Marta em maio, na região do Viverão em junho, e uma série de ocorrências em julho e agosto, incluindo áreas como o bairro Jardim Bela Vista, o Barreirinho e o Distrito Industrial. Em todos esses casos, a atuação das equipes de emergência foi crucial para controlar os focos de incêndio, muitas vezes com a colaboração de proprietários locais.
A situação é ainda mais preocupante devido à suspeita de que muitos desses incêndios possam ter sido provocados criminosamente, uma vez que a prática de queimadas é estritamente proibida durante todo o ano. Recentemente câmeras de segurança flagraram um indivíduo nas proximidades de uma chácara conhecida no município ateando fogo em uma vegetação seca de uma propriedade particular. O caso foi denunciado às autoridades e o suspeito, um jornalista proprietário de uma página de notícias policiais nega as acusações, mas foi indiciado pela Polícia Civil nesta semana por incêndio criminoso. O inquérito foi relatado ao Ministério Público e o caso segue sob segredo de justiça.
As autoridades locais estão reforçando as medidas de fiscalização e incentivando a população a denunciar qualquer atividade suspeita em busca de combater a prática criminosa que vem somando prejuízos incalculáveis desde os financeiros que afetam principalmente os produtores rurais, ao meio ambiente e a saúde da população em especial as crianças e idosos.
A situação continua a ser monitorada de perto, com a esperança de que as condições climáticas melhorem e que a atuação das equipes de emergência possa trazer a situação sob controle nos próximos meses.