O prefeito de Pirassununga (SP), Dr.Dimas Urban (PSD), foi cassado pela Câmara Municipal, na tarde desta terça-feira (18), por 8 votos a favor e dois contra, por conta irregularidades em contratações de serviços, omissão e outros pontos durante a pandemia. (veja abaixo).
Por telefone, o ex-prefeito disse à reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, que a cassação foi um julgamento político e que todas as acusações não têm fundamento. A defesa dele vai recorrer da decisão.
O vice-prefeito de Pirassununga, José Carlos Mantovani (DEM), tomou posse durante a tarde. Ele convocou uma reunião emergencial com secretários municipais na quarta-feira (18), às 7h, para discutir novas estratégias para o município.
CEI
Em outubro do ano passado, uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), presidida pelo vereador César Ramos da Costa, o Cesinha (PSD), foi criada para apurar as denúncias apontadas por um morador.
Após 120 dias de investigação, a CEI constatou:
- Irregularidades na prestação de serviços de empresas terceirizadas e nos planos de trabalho;
- Omissão do Executivo frente às dificuldades no enfrentamento à Covid-19;
- Ausência de instrução formal dos convênios e estudo de outras propostas de trabalho;
- Falta de uma avaliação prévia criteriosa de como seriam prestados estes serviços;
- Falta de fiscalização concomitante e posterior.
Prefeito viralizou na pandemia
Em março do ano passado, um desabafo do prefeito sobre a Covid-19 viralizou na internet. “A Covid está aí e quem não acredita é porque é ignorante, ‘zóio tapado’, pelo amor de Deus”, disse batendo na mesa ao fim da gravação divulgada nas redes sociais.
Na ocasião, ele também fez um apelo para que empresários da cidade ajudassem o município a adquirir novos leitos para internação de pacientes com Covid-19.
Urban foi eleito prefeito em novembro de 2020, com 24.793 votos (68,55% dos votos).
Segunda cassação de prefeito em menos de 2 anos
Essa é a segunda cassação de prefeito da cidade em menos de dois anos. Em fevereiro de 2020, prefeito Ademir Lindo (sem partido) foi cassado por ação incompatível com o decoro do cargo.
O político foi condenado em segunda instância por assediar e beijar a boca de mulheres à força durante o mandato anterior. Na ocasião, quem assumiu foi Dr.Dimas Urban, hoje também cassado.
Fonte: G1 São Carlos