segunda-feira, novembro 25, 2024
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Baixa cobertura vacinal acende alerta para retorno de doenças

Quanto o assunto é imunização, o Brasil continua sendo referência mundial. O país distribui gratuitamente, por meio do SUS, 19 tipos de vacinas que contribuíram para a erradicação de várias doenças. Apesar disso, pesquisas indicam seguidas quedas na cobertura vacinal dos últimos cinco anos, provocadas pela resistência de parte da população à vacinação.

A situação piorou com a pandemia de covid-19 e o Brasil ficou ainda mais distante dos índices ideais de 90% a 95%, dependendo do imunizante. Segundo levantamento da Heads In Health, empresa focada em análise de dados para saúde, em 2018, a taxa de imunização foi de 73,4%; já no ano passado, foi de 64,8%. Em 2019, os brasileiros com mais de 60 anos vacinados contra influenza (gripe) representavam 45% dos vacinados; em 2020, esse índice caiu para 15%.

“As vacinas têm como função proteger o organismo contra determinados tipos de vírus. Ao receber a dose de vacina, o corpo está sendo estimulado a gerar anticorpos contra aquele agente infeccioso, que está presente na vacina. Estando vacinado conforme as doses recomendadas, evita que o indivíduo desenvolva a doença”, explica o médico Hamilton Torres, da Unimed Rio Pardo. “Todos devem ser vacinados. O calendário vacinal contempla desde recém-nascidos, crianças nas devidas faixas etárias, pré-adolescentes, adolescentes, jovens, adultos, idosos e indígenas.”

Retorno de doenças

Em razão da baixa cobertura vacinal, doenças já erradicadas no país voltaram a ser motivo de preocupação entre autoridades sanitárias e profissionais de saúde, como sarampo, poliomielite, rubéola e difteria. “Em 2018, mais de 300 municípios brasileiros ficaram com menos de 50% de cobertura para a poliomielite e abaixo de 85% para o sarampo”, confirma o médico Hamilton Torres.

Além disso, segundo ele, novas doenças podem surgir. “Outro fator importante é a falta de saneamento básico em vários locais do país. Se não há tratamento de esgoto, água potável, limpeza, coleta de lixo, controle de resíduos, vírus e bactérias podem procriar com facilidade”, diz.

Influenza e coronavírus

O Brasil realiza, atualmente, duas campanhas concomitantes de vacinação: uma contra o vírus influenza (gripe) e outra contra o coronavírus (covid-19). O médico explica que uma mesma pessoa pode receber as duas vacinas, mas faz um alerta. “A recomendação é para que seja respeitado o prazo de 14 dias entre elas.”

Segundo ele, por ser um vírus que sofre mutações frequentes, a vacina da gripe deve ser tomada anualmente e sempre na época do outono. “O vírus da gripe transmite mais em ambientes fechados, o que ocorre mais no inverno, pois as pessoas se aglomeram mais em casa, no trabalho, etc. Ela é feita no outono para dar tempo de o organismo produzir proteção.”

Sobre a vacina da covid, ele explica que ainda não há dados concretos sobre o tempo que dura a imunização. “Elas são recentes, em caráter experimental e de vários tipos.”
O médico Hamilton Torres lembra que uma mesma pessoa não pode receber doses de vacinas diferentes contra a covid. “Embora as vacinas tenham o mesmo objetivo, o de imunizar, são preparadas usando metodologias diferentes, de acordo com o laboratório.”

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